4 de dezembro de 2018
Prevenção e diagnóstico precoce do câncer de boca
O câncer de boca é uma doença de alta incidência. Estima-se que cerca de 7% da população mundial esteja acometida. O Brasil está em quarto lugar em incidência no mundo. Esta alteração, se desenvolver principalmente em regiões como a borda lateral da língua, gengiva, palato (céu da boca), assoalho da boca (região abaixo da língua) amígdala e glândulas salivares. No Brasil o câncer bucal é considerado um problema de saúde pública, correspondendo a 3,8% das neoplasias diagnosticadas. É o 4° câncer mais frequente no sexo masculino e o 7° mais frequente no sexo feminino. Atualmente as taxas de mortalidade por câncer da boca variaram entre 2,16 e 2,96 para cada 100.000 homens e entre 0,48 e 0,70 para 100.000 mulheres. A maioria é diagnosticada já em fases avançadas da doença (60% dos casos), o que impacta negativamente na sobrevida do paciente.
Principais Fatores de Risco para o Câncer de Boca
O fumo e o álcool são os principais fatores de risco para o desenvolvimento de lesões malignas de boca. Pessoas que fumam e consomem bebidas alcoólicas excessivamente têm maior risco de desenvolver este tipo de câncer, e quando esses dois hábitos estão presentes na mesma pessoa, as chances praticamente triplicam. O risco aumenta quanto maior for o número de cigarros e de doses de bebidas alcoólicas consumidas. A falta de higiene bucal e a alimentação pobre e desequilibrada também são considerados fatores de risco. A exposição excessiva ao sol sem proteção também aumenta o risco para o câncer de lábio. A infecção pelo papiloma vírus humano (HPV), está relacionada ao desenvolvimento de lesões malignas em diversas mucosas do corpo, incluindo a boca. Pelo menos 13 tipos de HPV são considerados oncogênicos, apresentando maior risco ou probabilidade de provocar infecções persistentes e estar associados a lesões precursoras do câncer. Dentre os HPV de alto risco oncogênico, os tipos 16 e 18 estão presentes em 70% dos casos.
Sintomas e diagnóstico
As lesões percursoras do câncer de boca podem se apresentar como manchas brancas e vermelhas. Estas manchas normalmente não apresentam nenhum sinal como ardência, dor, sangramento ou mudança de cor. Em estágios mais avançados, podem ser observados: feridas que não cicatrizam em 14 dias, sangramento, dor ao engolir, rouquidão de início súbito, dores persistentes na boca e o aparecimento de nódulos endurecidos no pescoço. O diagnóstico é feito após o exame da boca e a realização de biópsia com posterior análise histopatológica. O profissional mais apto para fazer este diagnóstico, é o dentista, estomatologista.
Tratamento
Os tratamentos mais efetivos continuam sendo a cirurgia, radioterapia (RT) e quimioterapia (QT). Para os casos iniciais, a cirurgia isolada ou associada a RT são os tratamentos de primeira escolha. Para as lesões localmente avançadas, o tratamento deve ser, necessariamente, de mais de uma modalidade (RT + QT ou QT seguido de RT + QT). A cirurgia realizada por especialistas experientes também é importante. Muitos casos avançados podem ser curados. Porém os metastáticos, apesar dos avanços da quimioterapia moderna e de drogas alvo-moleculares (que se fundamentam no bloqueio do alvo-molecular celular, a fim de destruir a célula tumoral), permanecem de difícil resolução. Não há tratamento específico para o HPV até o momento. Não há dados de eficácia de vacina contra o HPV, especificamente, em tumores de cabeça e pescoço. O paciente deverá fazer um preparo prévio da boca, com o objetivo de evitar ou minimizar as complicações do tratamento oncológico nesta região. As principais complicações do tratamento oncológico na boca são: diminuição da produção de saliva (xerostomia), inflamações na mucosa (mucosites), hemorragias, infecções, dor, dificuldade de engolir e falar, necrose do osso entre outras.
Prevenção do câncer de boca
A prevenção do câncer de boca, está diretamente relacionada ao abandono por parte da população dos principais fatores de risco relacionados ao desenvolvimento destas lesões. Lembrando que estes fatores de risco são:
- Tabagismo
- Etilismo
- Infecção pelo HPV
- Deficiência nutricional
- Raios solares
- Má higiene oral
Lembramos que a marca Perioxidin® estimula sempre que as pessoas que possuem estes hábitos considerados como fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de boca em sua rotina de vida diária, faça sempre um acompanhamento rotineiro da sua boca por um cirurgião-dentista. Em especial um estomatologista.
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